Sintonize-se com a realidade das mulheres indígenas: Rádia Cunhã lança nova programação no dia internacional das mulheres

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Vinte mulheres indígenas estão reunidas na semana internacional das mulheres debatendo sobre invisibilidade e violência, realidade com a qual todas lidam diariamente. Devido a pouca atenção que a mídia dá para suas causas e pela urgência de dar voz a essas questões, a rede Pelas Mulheres Indígenas, criada em fevereiro de 2014, criou a Rádia Cunhã, em junho de 2016. Durante esta semana, mulheres Pataxó, Pataxó Hahahae, Pankararu, Tupinambá, Kariri-Xocó e Karapotó estão lançando nova programação.

Para Potyra Tê Tupinambá, uma das idealizadoras do projeto, a rádia é feita por e pelas mulheres indígenas. “As mensagens criadas para a Rádia Cunhã servem para inspirar outras mulheres a se libertarem da violência, já que infelizmente essa é uma realidade de muitas de nós mulheres. Queremos empoderar nossas parentes para mudarem suas histórias, tomarem a rédea de suas vidas, saírem da violência. A Rádia é capaz de transformar a vida das mulheres”, argumenta.

 

Em 2017 a rede Pelas Mulheres Indígenas completa três anos de atuação, durante este tempo muitos passos foram dados empoderando mulheres indígenas e reconhecendo o valor e potencial delas dentro e fora de suas comunidades. Muitas ações foram realizadas: reuniões nas aldeias, levando a milhares de mulheres indígenas informações sobre direitos das mulheres; muitos relatos foram escritos, fotografados e filmados inteiramente pelas mulheres indígenas, potencializando a voz destas mulheres; muitas vidas foram transformadas: muitas mulheres formadas para prevenir e enfrentar a violência contra as mulheres em suas comunidades.

Entre as realizações da rede, está um livro inteiramente escrito, fotografado e ilustrado por mulheres indígenas, com uma Cartilha voltada para orientá-las a prevenir e enfrentar a violência conjugal. O livro Pelas Mulheres Indígenas está disponível gratuitamente para download neste link: https://www.thydewa.org/wp-content/uploads/2015/03/pelas-mulheres-indigenas-web.pdf

O projeto Pelas Mulheres Indígenas foi idealizado pela ONG Thydêwá e conta com o protagonismo das indígenas para seu redesenho e com a parceria da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República e o apoio da rede de Pontos de Cultura Indígena do Nordeste e o Pontão Esperança da Terra, iniciativas apoiadas pelo Ministério da Cultura. O livro Pelas Mulheres Indígenas conta com o apoio da Secretaria de Política para as Mulheres do estado da Bahia (SPM-BA) e a Rádia Cunhã conta com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT-BA)

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ADOLESCENTES INDÍGENAS SE REÚNEM PELOS SEUS DIREITOS

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Vinte adolescentes indígenas se reunirão entre os dias 1 e 5 de abril, em Olivença-BA, para participar de uma formação proposta pelo projeto Adolescentes Indígenas: Expressão Cidadã. Este projeto conta com o apoio do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, e a realização pela ONG Thydewa, e foi desenhado para promover ações com protagonismo de adolescentes indígenas que visam melhorias para as comunidades participantes: Pataxó de Barra Velha, Pataxó de Cumuruxatiba, Pataxó Hã Hã Hãe, Tupinambá (BA), Pankararu (PE), Xokó (SE), Kariri-Xocó, Karapotó-Plakiô (AL).

Este encontro é o segundo da série de seis cujo objetivo é formar 100 adolescentes indígenas, conhecedores de seus direitos e dos mecanismos para melhor aceder aos mesmos. Durante os dias de encontro, os jovens discutem sobre como está a atual situação de suas aldeias e como que juntos podem buscar resoluções para os problemas levantados. Debates sobre Direitos Indígenas, Direitos à informação, Liberdade de expressão, entre outros, estarão presentes para fundamentar as discussões.

É urgente facilitar o acesso a políticas públicas dentro de áreas remotas, como é o caso da maioria dessas comunidades. Empoderados através das oficinas, os jovens irão socializar as aprendizagens dentro das comunidades, formando grupos locais para mobilização de ações em prol da transformação social de suas aldeias. Desta forma espera-se alcançar mais de 8.000 adolescentes indígenas, fortalecendo o protagonismo e buscando participação na construção das políticas públicas.

“Os jovens participantes do 1º encontro voltaram para as suas comunidades empoderados e com vontade de agir. A maior parte deles já postou matérias sobre a realidade de suas comunidades no portal Índios Online, fortalecendo o etnojornalismo, e inclusive duas jovens já tiveram a iniciativa de escrever uma carta para o prefeito da cidade onde a comunidade está, solicitando que o problema do lixo dentro de sua aldeia seja resolvido. Os jovens estão com sede de mudanças e tem força para isso, basta apoiar”, informou Fernanda Martins, uma das coordenadoras do projeto. Segundo Sebastian Gerlic, coordenador geral do projeto, uma sociedade que inclui a voz dos jovens tem mais possibilidade de prosperar.

A ONG Thydêwá trabalha desde 2002 para o fortalecimento das comunidades indígenas, para a consciência planetária e promoção da cultura da paz. Nos últimos anos, tem aliado a apropriação das Tecnologias de Informação, Comunicação e Aprendizagem a projetos que lutam por relações interculturais justas e verdadeiras, como a rede Índios On-Line (www.indiosonline.net – desde 2004); Índio Educa (www.indioeduca.org – desde 2011) e a Rede Indígena de Arte e de Artesanato (www.risada.org – desde 2011).

Serviço
O que: 2º encontro de adolescentes indígenas
Onde: Sede da ong THYDÊWÁ – Rua Marechal Castelo Branco, no 204, Olivença/Ilhéus/Bahia.
Quando: 1 a 5 de abril de 2016
Contato: Fernanda Martins (fernanda@thydewa.org) ou Sebastian Gerlic (sebastian@thydewa.org)

Confira como foi o segundo e o terceiro dia de Encontro Pelas Mulheres Indígenas

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Texto, machismo e tecnologia são temas do segundo dia

A primeira parte do dia foi dedicada ao livro que as mulheres irão produzir em colaboração, seguido de oficina de texto. “Três folhas vai ser pouco para contar a história do seu povo sobre a ótica feminina”, afirmou Marciléa Melo Alves, condutora da oficina. Logo após o machismo presente no do dia a dia foi debatido entre as mulheres. A tarde foi reservada para o uso do tablet e satisfação de dúvidas.

 

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Termo de compromisso, fotografia e compartilhamento na web foram discutidos no terceiro dia 

O terceiro dia começou com a firmação de um termo de compromisso entre as mulheres, para que o projeto possa estar fundamentado em um acordo construído colaborativamente entre todas as envolvidas. Ainda pela manhã, as mulheres indígenas vivenciaram uma oficina de fotografia e refletiram sobre quais registros podem fazer em suas comunidades. No período da tarde, a tecnologia foi retomada e elas puderam vivenciar mais funções de seus próprios tablets.

Confira como foi o 1o dia do Encontro Pelas Mulheres Indígenas

“O projeto tem como objetivo fortalecer cada vez mais a voz da mulher”

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Este domingo (6) foi marcado pelo reencontro das 16 mulheres participantes do projeto Pelas Mulheres Indígenas. O encontro faz parte da Rede Pelas Mulheres Indígenas (http://www.mulheresindigenas.org), iniciada em março deste ano, e que ganha força pela união de 08 comunidades do Nordeste – Pataxó de Barra Velha, Pataxó de Cumuruxatiba, Pataxó Hã Hã Hãe, Tupinambá (BA), Pankararu (PE), Xokó (SE), Kariri-Xocó, Karapotó-Plakiô (AL).

A manhã foi iniciada com um ritual indígena que misturou um pouco de cada cultura e seguiu dando boas vindas para as novas integrantes do grupo. Para o primeiro dia, os objetivos do projeto foram retomados, assim como os desafios encontrados na atuação de cada mulher dentro de suas comunidades. Pela parte da tarde, as integrantes tiveram a oportunidade de apresentar os conteúdos que foram produzidos durante esses 4 meses e meio de projeto e é possível ter acesso pelo nosso blogue http://www.mulheresindigenas.org/blogue.

O Encontro segue até quinta-feira (10).

 

MULHERES INDÍGENAS SE REÚNEM PARA DEBATER A REALIDADE DA MULHER INDÍGENA NO BRASIL

São 444 mil mulheres indígenas no minimo invisibilizadas pela sociedade

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Dezesseis mulheres de oito comunidades indígenas do Nordeste se reunirão entre os dias 6 e 10 de julho para debater a realidade da mulher indígena nos dias atuais. Ao total, são 444 mil mulheres indígenas no Brasil sofrendo diariamente pela falta de território e cidadania, além de abuso de poder e violência, chegando inclusive a ter que negar sua própria identidade para driblar a discriminação e exclusão.

O encontro faz parte da Rede Pelas Mulheres Indígenas (http://www.mulheresindigenas.org), iniciada em março deste ano, e que ganha força pela união de 08 comunidades do Nordeste – Pataxó de Barra Velha, Pataxó de Cumuruxatiba, Pataxó Hã Hã Hãe, Tupinambá (BA), Pankararu (PE), Xokó (SE), Kariri-Xocó, Karapotó-Plakiô (AL).

Após 4 meses e meio de projeto, este já é o segundo encontro organizado pela rede e ocorre na sede da ONG Thydêwá, em Olivença, Ilhéus (BA).

“Durante este quatro meses, as mulheres atuaram iniciando grupos de debates sobre os direitos das mulheres em suas aldeias, e produzindo etnojornalismo para mostrar como é a realidade da mulher indígena hoje no Brasil. A ideia agora é fortalecer ainda mais os laços interétnicos entre as integrantes da Rede, lançar mais consciência sobre os direitos das mulheres em nossa sociedade e sobre exclusão que sofremos e, ao mesmo tempo, continuar empoderando estas mulheres como transformadoras de sua realidade”, afirmou Joana Brandão, coordenadora do Pelas Mulheres Indígenas.

Além dos encontros presenciais, o projeto também se desdobra em uma plataforma online que reúne conteúdos desenvolvidos pelas mulheres das 08 comunidades. Navegando no site, o usuário entra em contato com a realidade de mulheres em suas aldeias, que revelam através de seu cotidiano a realidade indígena do país. As histórias são contadas com textos, vídeos e fotografias produzidos pelas próprias indígenas.

Temas como educação, saúde, violência, autonomia financeira, e luta pela terra, são tratados sob a ótica da mulher, como mostra o trecho do perfil de Lindinalva (62), contado por Wilma Karapotó-Plaki-ô: “Na retomada das terras Karapotó–Plaki-ô tivemos que ir para a pista (estrada), foi um sofrimento. Éramos ameaçados de morte, mas tivemos que enfrentar porque as terras eram nossas, enfrentamos mesmo sabendo que eu, meus filhos e todos os índios que estavam ali corríamos risco de morte. Ficamos acampados na beira da BR 101, preocupados com os antigos posseiros e com medo de acontecer algum acidente com meus filhos por causa da pista. Finalmente quando conseguimos retomar nossas terras eu vivi em paz com meus filhos e meu marido. Hoje posso dizer que sou uma mulher batalhadora, guerreira e vencedora, vendo a minha família crescer cada dia mais”. Acompanhe outras histórias em nosso blogue (http://www.mulheresindigenas.org/blogue).

O projeto Pelas Mulheres Indígenas conta com o apoio da Secretaria de Politicas Públicas para Mulheres do Estado da Bahia, da Secretaria de Politicas Públicas para Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, e é desenvolvido pela ONG Thydêwá.

A ONG Thydêwá trabalha desde 2002 para o fortalecimento das comunidades indígenas, para a consciência planetária e promoção da cultura da paz. Nos últimos anos, tem aliado a apropriação das Tecnologias de Informação, Comunicação e Aprendizagem a projetos que lutam por relações interculturais justas e verdadeiras, como a rede Índios On-Line (www.indiosonline.net – desde 2004); Índio Educa (www.indioeduca.org Brasil – desde 2011) e a Rede Indígena de Arte e de Artesanato (www.risada.org – desde 2011).

Serviço:
O quê: MULHERES INDÍGENAS SE REÚNEM PARA DEBATER A REALIDADE DA MULHER INDÍGENA NO BRASIL
Mais informações: http://www.mulheresindigenas.org, joana@thydewa.org, fernanda@thydewa.org
Contatos para entrevistas: Joana Brandão (73) 9163 2839
Fotos: Veja mais fotos e vídeos em nosso site http://www.mulheresindigenas.org

INDÍGENAS PRODUZEM LIVROS DIGITAIS

Empreendorismo e cultura digital são foco de encontro de jovens indígenas

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Dezesseis jovens indígenas de 08 comunidades do Nordeste se reunirão para aprender a criar e gerir seus próprios negócios criativos. O primeiro empreendimento já escolhido no coletivo é a realização de uma coleção de livros digitais sobre e feito pelos próprios indígenas. 02 e-books serão lançados em quatro línguas e estarão disponíveis à venda nas principais lojas do comercio eletrônico editorial.

O encontro ocorrerá entre os dias 11 e 15 de abril, na sede da ONG Thydêwá, em Olivença, Ilhéus-BA, e faz parte do projeto “Livros Digitais Indígenas”, de autoria da Thydêwá, com o apoio do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural (IFCD) da Convenção de 2005 sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais da UNESCO.

Este será o primeiro de três encontros presenciais de 40 horas que, aliado ao trabalho a distância nas comunidades, ao fim de um ano levará à publicação dos e-books em Português, Francês, Inglês e Espanhol, que contarão com alguns conteúdos à disposição gratuitamente. O projeto incentivará também outros empreendimentos de Economia Criativa e Solidária de autoria dos jovens indígenas. O projeto integra as ações da Rede de Pontos de Cultura Indígena do Nordeste – Mensagens da Terra, que teve suas atividades iniciadas em março de 2014, contando com a parceria do Ministério da Cultura.

“A ideia é fortalecer os talentos e as capacidades dos indígenas para serem empreendedores criativos em prol de suas culturas e também para se posicionarem melhor na concepção da sustentabilidade cultural e financeira de suas comunidades” comenta Sebastián Gerlic, um dos coordenadores do projeto.

“Três oficineiros e facilitadores são convidados para esta semana e junto aos indígenas irão desenvolver oficinas de artes e contação de histórias. Tudo isso visando despertar o potencial artístico de cada participante e também o fortalecimento e valorização da própria história indígena” acrescenta Fernanda Martins, também coordenadora da iniciativa.

O quê: I Encontro do projeto “Livros Digitais Indígenas”.
Quem: ONG Thydêwá, com o apoio da UNESCO, e a parceria do Ministério da Cultura.
Quando: 11 a 15 de abril de 2014.
Onde: Sede do Pontão Esperança da Terra (Thydêwá), em Olivença, Ilhéus (BA).
Sugestões de fonte: fernanda@thydewa.org – Fernanda Martins (jornalista coordenadora do Projeto), contatos@thydewa.org – Sebastián Gerlic (presidente da Thydêwá). 73-3269-1970, www.thydewa.org

No último dia de encontro mulheres debatem o futuro do projeto

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No último dia do I Encontro Pelas Mulheres Indígenas foram retomadas as demandas apontadas pelas participantes durante a semana e discutido quais seriam as próximas ações dentro das comunidades. As mulheres também avaliaram como foi a semana, e sugeriram quais temas gostariam de tratar nos próximos encontros. Em uma votação foi definido os temas sexualidade e gestação para o próximo encontro que ocorrerá no mês de maio.

Para encerrar, todas as mãos se uniram em uma roda de despedida, onde cada participante pôde contar um pouquinho sobre como foi a experiência e o que espera para os próximos meses em que estaremos reunidas. Maria Cristina, psicóloga sócia da organização “Profesionales Latinoamericanos contra el Abuso de Poder”, terminou com uma frase inspiradora para todas: “Toda reunião em que se encontrem somente mulheres é transformadora e revolucionária por si só”

*Este projeto é patrocinado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Secretaria da Presidência República.