PATAXÓ DE CUMURUXATIBA
MARIA D´AJUDA
Eu sou Maria D´Ajuda, tenho 40 anos. Minha comunidade me reconhece como liderança, pois eu participo do movimento desde quando surgiram as aldeias em torno do Parque do Descobrimento.
Cumuruxatiba é uma aldeia indígena que fica a 38 km de Prado que está em processo de reconhecimento. Nessa vila de Cumuru mora a minha e outras famílias indígenas da etnia Pataxó. Essas famílias já nasceram e se criaram aqui. Essas famílias já vivem aqui desde que em Cumuruxatiba não existiam casas, só tinha as barraquinhas de taipa e palha dos nossos antepassados que já faleceram.
Hoje em Cumuru existem muitas casas de brancos, mas é aqui que meu povo nasceu e vive até hoje com suas tradições e sua cultura. Cumuru tem o maior número de indígenas Pataxós que moram aqui e que vivem da pesca, do marisco e artesanato.
Cada rua que você passa você pode ver os Pataxós. (foto de Dona Miúda, marisqueira)
Aqui existem muitas praias com suas lindas paisagens, onde muitos turistas se encantam com minha aldeia. Cada pescador tem seu ponto preferido para estender suas redes para remendar. (FOTO)
Em Cumuru tem uma ponte histórica, que quando eu era criança, era de tábua e a gente pulava de cima dela porque o rio era muito cheio. Hoje a ponte é de cimento e o rio secou. (foto da ponte)
A preservação da nossa cultura é muito importante para o futuro. Pescadores com rede arredam na beira da praia para pegar seu mangute (comida). Os pais de famílias sobrevivem da pesca, e ainda hoje usam as canoas de madeira para irem bem longe pescar.
Caminhando pela praia encontramos pescadores consertando seus barcos.
(Foto) Esse é o senhor Maneco, filho de João Neves, que era um grande guerreiro Pataxó que lutava pela demarcação das nossas terras. Ele já é falecido, mas deixou seus filhos para lutar, pois o nosso direito de luta pela terra não pode parar.
O filho do Seu João Neves está aproveitando a maré para consertar o barco pois se a maré enche, o serviço só pode ser feito no outro dia. Por isso é muito importante saber aproveitar a hora que a maré seca.
Em Cumuruxatiba ainda tem as frutas nativas como a mangaba, que é uma fruta muito deliciosa para fazer polpa e suco. A gente também preserva as frutas do nosso quintal, como o caju, a goiaba, a laranja, a banana, a acerola, o cacau e o genipapo, que além do suco também é usado para nossas pinturas.
O artesanato também é muito presente em nossa aldeia. (foto)
O índio Benedito trabalha com o seu facão e a machadinha fazendo suas artes e todo o tipo de artesanato, aproveitando as mangueiras do seu quintal, sem prejudicar a natureza.
Ele também vive da pesca em Cumuru com a sua família desde que nasceu.
Dentro da vila de Cumuru tem uma vista muito bonita. (foto)
Olhando de cima da barreira para baixo, podemos ver a linda paisagem da mata e do mar, ainda preservada.
Os meus pais, apesar da idade de 80 anos ainda leem os jornais que chegam com as informações sobre a política. (foto)
Dona Matilde e Seu José Felismino sempre querem estar informados do que acontece.
Eles falam que a política é muito importante mas devemos ficar alertos com esses políticos que não gostam dos indígenas.
Meu pai é Pataxó e minha mãe é Pataxó misturado com Tupinambá, pois o pai dela nasceu em Ilhéus. O nome do meu avô materno era Gumercindo José dos Santos e a minha avó Maria da Conceição. Os Tupinambás, por serem atingidos pelas guerras fugiam para outras aldeias e foi aí que teve esse encontro de etnias que formou a minha família.
Nossas terras são herança dos nossos antepassados
É por isso que a nossa luta tem grande significado
Foi a mão que calejou
Das ferramentas que pegou
Somos raiz que ninguém via
Mas um dia brotou
Hoje somos muitas árvores e juntas vamos lutar
Para conquistar as nossas terras que o branco veio roubar
Esse chão é sagrado
Pois nossos antepassados
Muito sangue derramou
Somos herdeiros verdadeiros
De tudo que ficou
(Maria D´Ajuda)
A cultura é o futuro do nosso povo. O ritual e a música do Awê e a língua Pathióhã.
Respeitando e ouvindo os conselhos dos nossos anciões, a nossa comunidade ficará mais forte.
(foto da menina vestindo traje)
A índia guerreira Zabelê antes de morrer deu à sua bisneta Lara Cruz Ferreira vestes tradicionais para mostrar a importância da cultura para a comunidade ensinando as crianças desde pequenas a valorizarem a nossa tradição.
A Aldeia Gurita, do município do Prado, foi fundada em 17 de agosto de 2003 pela família do Seu Eliotero Ferreira da Cruz, conhecido por Seu Té.
Até a fundação da aldeia, a Gurita era uma região tomada por caçadores, madeireiros e exploradores de palmito e juçara. Seu Té tomou a decisão de entrar na Gurita porque já sabia que era moradia dos nossos antepassados e que só nós indígenas sabemos preservar a natureza. Depois que eles passaram a morar lá, os caçadores e exploradores pararam de andar por ali. Hoje, Seu Té vive com sua comunidade, de umas quinze famílias, com seu plantio de mandioca, feijão, milho e banana. Lá também tem galinhas e umas cabeças de vaca para tirar leite para os alunos tomarem um café forte antes de irem para a escola.
Esse ano Seu Té já colheu seu feijão para alimentar a sua comunidade.
Tudo é natural.
Dona Lurdinha, a esposa de Seu Té faz o mangute no fogão à lenha.
As crianças da aldeia tem suas tarefas: lavar pratos no rio e limpar as piabas.
O pequeno vaqueiro Pablo (foto) toma banho pelado.
Os animais servem de transporte para carregar a mandioca da roça.
A casa de farinha tem o forno para torrar a farinha e a prensa para prensar a massa.
A vida na aldeia é diferente. Vivemos em contato com a mãe natureza.
Na aldeia temos a nossa sala de aula que é um anexo ao colégio Kijentx Awê Zabelê. A sala é feita de barro e taipa e lá, desde 2003 estudam 30 alunos entre crianças e adultos. Temos a professora de português Lorizete e Deri que é de cultura e ensina em nossa comunidade a língua Pathióhã.
Nosso centro cultural fica dentro da mata e só é permitida a entrada de pessoas da comunidade para o nosso ritual, que é a memória sagrada dos nossos antepassados.
O povo indígena Pataxó da Aldeia Gurita fazem os trabalhos da aldeia em mutirão, todos reunidos para fazer as tarefas.
Dona Marizete e seu esposo Valdomiro da Conceição, junto com a liderança Zé Bete, fazem o embarreio da casa de taipa. Depois da casa pronta eles tem uma tradição de dar um banho de barro nos donos da casa pois dizem que traz sorte para eles.
A estrutura dessa casa é feita primeiro. Envara com varas e vai amarrando com cipó as paredes. Depois da estrutura pronta, se corta o barro e todos pisam até amolecer. Aí todos juntos carregam o barro e jogam na parede para tapá-la.
Esse tipo de material é da tradição dos nossos antepassados e até hoje nós, Pataxó, preservamos essa cultura.
Ciência e Sabedoria das Plantas Medicinais
A Canã Pataxó é um lugar onde só moram índios e as casas são todas de taipa.
Seu João mora com seus filhos em uma das ruas da Canã Pataxó. Com a sabedoria das ervas medicinais ele tem o conhecimento de cada planta que serve para remédios de cura. Ele fala o valor das ervas medicinais para a saúde da comunidade e que não devemos trocar nossos remédios naturais por remédios de farmácia. Nossas ervas são nosso futuro, nossa saúde, nossa vida.
Na Canã também mora Seu Domingos e Dona Alice que preservam a cultura tendo no seu quintal uma cabana, onde fazem os rituais, sendo um lugar sagrado para todos.
Ervas Medicinais
Jaca-pinha: bom para alguém que foi picado por cobra.
Modo de usar: tirar o sumo e beber três colheres de sopa.
Jamelão: bom pra diabete.
Modo de usar: fazer o chá e beber.
Folha do ar: bom para inflamação e inchaço.
Modo de usar: fazer o banho.
Carobinha: bom para coceira.
Modo de usar: fazer o banho.
João Duro: bom para pedra nos rins e para dar banho em criança que tem dificuldade para andar.
Modo de usar: três sextas-feiras. Para os rinsm o chá. Para a criança o banho.
Casca de murici: bom para inflamação de garganta.
Modo de usar: fazer o chá e gargarejar.
Maria Aninha: bom para crianças que estão nascendo os dentes
Modo de usar: fazer o banho.
Boldo: bom para o fígado e dores estomacais.
Modo de usar: fazer o sumo e o chá.
Língua de vaca: bom para hemorragia.
Modo de usar: fazer o chá.
Quebra-pedra: bom para os rins.
Modo de usar: fazer o chá.
Xixi de galinha: bom para próstata.
Modo de usar: fazer o chá.
Gerbão: bom para machucados.
Modo de usar: fazer o sumo.
Dendê: bom para asma
Modo de usar: fazer o óleo do dendê e beber três colheres, três vezes ao dia.
João do Amor Divino, nome indígena Tatu (68 anos)
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JOEL BRAZ PATAXÓ
Me chamo Joel Braz Pataxó e meu nome indígena é Xarru Ingorá Mirim, que significa saruê preto pequeno. Sou descendente dos Tupinambá de Olivença e também do Povo Pharrancho, originário das margens do rio Jequitinhonha em Minas Gerais. Meu povo saiu fugido dessa região pelas guerras de Canudos e dos Araguaios.
Sou cacique da Aldeia Ribeirão, que foi reconstruída a partir de dezembro de 1999. Coordenei as retomadas da região de Monte Pascoal e Caí junto com o Cacique Nailton Pataxó Hahahãe entre 1999 e 2002. Atualmente, sou coordenador do Movimento Indígena Pataxó Frente de Resistência.
A memória não é igual à história porque a história é contada, falada e escrita.
A memória é lembrada, sentida no inconsciente e no coração, mostrada através de sinais, objetos, conteúdos e ações.
A memória é um fenômeno social porque é um resultado de uma ação que trouxe certo sentimento para a comunidade que sofreu o fenômeno.
O meu povo, por exemplo, com base no que contam os mais velhos, as lideranças mais antigas iam à Recife, ao Rio de Janeiro e à Brasília, aos palácios dos governos procurar soluções quando se sentiam aborrecidos pelos inimigos, como os estrangeiros, holandeses, espanhóis e alemães (diziam os mais velhos, IBDF – hoje IBAMA ou CMBio).
O território da memória dos povos indígenas é o futuro da vida, porque as futuras gerações vão poder viver na sua terra memorial, terra original, terra tradicional. A memória sai da convivência com a natureza, porque a natureza faz parte da vida e a morte dos povos indígenas. O índio convive com a natureza, vive no meio da natureza.
A esperança é a memória do futuro, porque o futuro são as novas gerações, os nossos netos, bisnetos, tataranetos e assim por diante.
O índio é a memória da mãe terra, memória da natureza. A terra sem o ser humano, no caso, nós, os povos e nações indígenas, a terra é neutra, sem memória, sem futuro.
A natureza sem o ser humano ou sem o índio, a terra seria um vasto terreiro de pó, uma parte de um grande lagedo de picos de prédios, bilhões ou trilhões de torres de Babel em todo o mundo. Cada ser humano, cada nação, cada país, cada povo, quer construir a sua torre.
A torre de Babel significa confusão. E o que nós vemos é chegar esse fim, porque o que está prestes a acontecer é uma grande confusão entre todos os povos da terra porque os poderosos, os ricos, os homens que se dizem civilizados não querem considerar e respeitar os direitos. Às vezes, eles escrevem as leis e eles mesmos as rasgam e pisam por cima.
Nós, indígenas, antes da colonização, tínhamos a nossa própria lei, nossos regulamentos, nossos regimes. Isso que nós chamamos de tradição, costumes, cultura, religião, direitos originários.
Quando os civilizados estrangeiros (portugueses, espanhóis, ingleses e outras nações) chegaram aqui nas nossas terras, nós não impusemos nenhum preconceito ou exigências.
Hoje, o índio pra vender um artesanato é proibido usar certos ou todos os espaços da cidade. Tem que ter autorização da prefeitura ou de algum poder público.
Pra nós conseguirmos um aval de uma demarcação , temos que enfrentar várias morosidades, como a demora na demarcação de décadas de espera.
Precisa-se de um técnico em antropologia e outros profissionais para dizer se nós temos direito, ou não, a qualquer terra reivindicada por nós indígenas.
Quando o homem branco chegou aqui no Brasil nós não o tratamos dessas formas.
Em alguns casos, os índios recebiam os brancos ainda com alegria. Com base em algumas escritas de historiadores, nós, os Pataxós, recebíamos os brancos com admiração. Segundo relatos, alguns caciques ofereciam índias novas aos chegantes.
Eu acho isso um grande absurdo e vergonha pra nós indígenas dos dias de hoje.
No meu modo de entendimento, acho que alguns atos, funções, acontecimentos, catástrofes, episódios, que em certas reflexões que nós indígenas ignoramos em outros momentos.
Com a reflexão de hoje, sobre Memória, tudo está no controle de deus criador. Algumas dessas coisas, podemos crer que já estava nos planos do divino criador.
Um exemplo é a mistura de etnias e povos, ou nações indígenas, que era uma estratégia dos colonizadores para matar e jogar uns contra os outros como os nossos ancestrais brigavam entre eles mesmos.
Mas isso se transformou numa pedra de corisco, ou seja, uma pedra cada vez mais resistente.
Acredito que hoje existem muitos guerreiros que tem coragem de morrer na luta mas não desiste de lutar pelo direito do seu povo, que não se vendem, que não se corrompem, que não aceitam empregos, não usam a ganância ou a barganha. Outros sabem recuar até o momento certo.
Às vezes eu fico pensando que é covardia de índios parentes quando fogem ou recuam da luta.
Outros parentes que conseguiram resistir com o seu idioma intacto, provavelmente, só conseguiram aqueles que fugiram da colonização.
Um episódio: naquele momento parecia que nós tínhamos só perdido. Foi pelos 500 anos em Coroa Vermelha que algumas lideranças de umas organizações indígenas foram compradas e manipuladas pelo governo e pelo estado brasileiro.
Esses acontecimentos estão enterrados como o cogumelo ou o lírio dos campos que vão brotando com o tempo.
Aquilo e, muitas coisas que aconteceram, trouxe morte para algumas organizações no Brasil. Mas os lírios do inconsciente e os cogumelos do conhecimento está perto de nascer em cada coração das novas gerações indígenas.
A partir desse momento que o conhecimento das verdades chegarem a cada mente e que os irmãos indígenas tiverem a consciência da luta, dos direitos e das necessidades de lutar, nós seremos fortes a ponto de vencermos todas as batalhas.
Outras Memórias
O governo do Brasil mentia dizendo que os índios eram página virada. Nós, lideranças indígenas do Brasil, para avaliar o que fazer pra trazer as verdades ao público, nos reunimos em setembro de 1998 em Porto Seguro. Nessa ocasião, estudamos e entendemos que somente através da luta nós poderemos dar a melhor resposta e também trazer as verdades como o sofrimento dos povos indígenas de uma forma geral.
As terras não eram demarcadas, os direitos indígenas eram negados e a saúde poderia ser uma armadilha para matar índios. A educação para o índio precisava atender aos interesses das populações indígenas como também respeitar os costumes, as culturas, a tradição e os direitos constituídos.
Outro ponto são as retomadas e as festas das comemorações daqueles que queriam comemorar a colonização das terras dos índios do Brasil. Comemorar as conquistas daqueles que torturaram e mataram os índios aqui na América do Sul, inclusive aqui no Brasil.
Retomamos o chamado Parque do Monte Pascoal e continuamos retomando. Fizemos mais de quinze retomadas ao redor dos Parques de Monte Pascoal e do Descobrimento. Desse trabalho surtiu um resultado da criação de treze aldeias Pataxós nas mediações das áreas reivindicadas. Essas áreas, pretendidas de direitos tradicionais, foram reconhecidas desde os primeiros estudos realizados pela antropóloga Professora Doutora Maria do Rosário de Carvalho em 1978 e 1979 e a demarcação foi concluída em 1980 pela FUNAI.
Outra memória: o governo baiano e o federal, através da sua polícia, desbaratou a mobilização indígena que queria manifestar contra a colonização aqui do Brasil, manipulando e usando indígenas para ajudarem a reprimir e perseguir negros, sem-terras e os índios que acompanhavam a marcha e a manifestação da conferência indígena do Brasil, em Coroa Vermelha, em 2000.
A resposta a tudo isso foi a construção do monumento de resistência indígena no pé do Monte Pascoal.
Outros parques foram retomados no Brasil a fora por outros índios brasileiros.
Outro resultado foi o surgimento de outros povos indígenas também em outros países.
Não podemos esquecer da liberdade do povo Pataxó da região dos dois parques, que antes era um verdadeiro problema pra gente transitar ou passar por dentro das matas, nem ir aos mangues, pescar, caçar, nem mesmo visitar as aldeias vizinhas. Nossas estradas antigas cortam as florestas da área de preservação. Hoje, depois que retomamos o Monte Pascoal, a coisa mudou, podemos fazer tudo isso, mesmo se o Ibama não quiser.
Mas para nós termos hoje essa liberdade, alguns pagaram o preço. Até agora nenhum líder foi condenado, nem processado, a não ser eu, Joel Braz Pataxó. Tem caciques processados por outros motivos, mas não por causa da luta pelas terras.
ALDEIAS PATAXÓS NA BAHIA
Porto Seguro: Barra Velha, Bugigão, Xandó, Pará, Campo do Boi, Ribeirão, Meio da Mata, Boca da Mata, Caciana, Pé do Monte, Guaxuma, Aldeia Velha, Imbiriba.
Prado: Aldeia Nova do Monte Pascoal, Corumbauzinho, Craveiro, Águas Belas, Tauá, Monte Dourado, Pequí, Pequí Velho, Alegria Nova, Kay, Tibá, Gurita, Cumuru.
Santa Cruz de Cabrália: Coroa Vermelha, Nova Coroa, Juerana, Arueira, Aldeia da Agricultura, Mata Medonha.
Itamaraju: Trevo do Parque.
ALDEIAS PATAXÓS EM MINAS GERAIS:
Carmésia: Guarani, Imbiruçu, do Cacique Divino, do Cacique Baiara.
Itapicirica: do Cacique Kanatyo
TURISMO
A região litorânea é a porta de entrada para o turismo. Observamos várias mudanças na vida das populações indígenas provocadas pelo turismo no Extremo Sul da Bahia, entre os municípios de Santa Cruz de Cabrália, Porto Seguro e Prado.
Para as comunidades Pataxós, o turismo tem trazido muitas coisas negativas como a invasão de nossas terras, violência, morte, uso e tráfico de drogas. Também chegaram doenças, crimes sexuais, como estupros, prostituição e também casamento com não-índios, até mesmo, com índias de menor idade.
Tudo isso vem acontecendo muito sutilmente, que às vezes, nem percebemos. O turismo vem junto com o desenvolvimento urbano, que destrói a vida original dos índios, transformando o seu ambiente, os costumes e suas crenças.
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